Após décadas de debate, a maior reforma fiscal do Brasil entra em vigor, exigindo preparo imediato das empresas. Entenda os impactos, o cronograma e como garantir a conformidade em meio a oito anos de transição.
A maior mudança fiscal do Brasil já começou
Após décadas de discussão, a Reforma Tributária foi finalmente aprovada no Brasil em janeiro de 2025. Trata-se da mudança mais ambiciosa já feita no sistema fiscal do país, com impactos profundos e duradouros para empresas de todos os portes e setores.
O objetivo é claro: simplificar um dos sistemas tributários mais complexos do mundo. Mas o caminho até lá será longo e desafiador. A transição ocorrerá ao longo de oito anos, com períodos de sobreposição entre o modelo atual e o novo regime. Isso exige que as empresas se preparem com antecedência e adotem uma abordagem estratégica, apoiada em tecnologia e conhecimento local.
De um emaranhado de tributos a um sistema de IVA dual
A proposta da reforma é substituir cinco tributos principais por dois novos impostos baseados em valor agregado (IVA):
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): de competência federal.
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): gerido por estados e municípios.
Esses dois tributos substituirão PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS, reduzindo a fragmentação e promovendo mais transparência e padronização nas regras fiscais.
Além disso, será criado um Imposto Seletivo para produtos e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente -o chamado “imposto do pecado”.
O cronograma da mudança: 2026 a 2033
A transição será feita em fases:
- 2026: CBS e IBS começam a ser cobrados com alíquotas simbólicas; empresas que cumprirem as obrigações acessórias poderão ter isenção inicial.
- 2027: CBS entra plenamente em vigor, com extinção de PIS e COFINS. O Imposto Seletivo passa a valer no âmbito federal.
- 2029 a 2033: o IBS substituirá gradualmente o ICMS e o ISS.
- 2033: implementação completa do novo sistema, com o fim do ICMS e do ISS.
Durante parte considerável desse período, as empresas precisarão lidar com dois sistemas tributários ao mesmo tempo, duplicando o esforço operacional, jurídico e tecnológico.
Simplificação com complexidade transitória
Apesar da promessa de um sistema mais simples, a transição será turbulenta. Os especialistas da Sovos alertam que os anos entre 2026 e 2030 serão especialmente desafiadores, exigindo investimentos em tecnologia, revisão de processos e adaptação constante a normas em evolução.
- Recalcular impostos com base em regras novas e antigas simultaneamente.
- Monitorar legislação complementar e regulamentações locais em constante atualização.
- Navegar um cenário com mais de 5.500 municípios com realidades distintas, desafiando a padronização.
- Gerenciar uma alíquota total estimada em 28%, colocando o Brasil entre os países com maior carga tributária, o que pressiona os times fiscais a acertarem na apuração.
Pessoas, processos e tecnologia: o novo tripé da conformidade
A Reforma Tributária é uma mudança estrutural. Para enfrentá-la, as empresas devem:
- Mapear o impacto tributário em todas as operações, filiais e unidades.
- Engajar times internos, de TI a contabilidade, de vendas a jurídico.
- Avaliar se sua infraestrutura de faturamento eletrônico está pronta para os novos formatos.
- Considerar parceiros tecnológicos que ofereçam visibilidade, automação e atualização contínua diante das mudanças legais.
Como mostramos em nosso whitepaper “Reforma Tributária Brasileira: Preparando-se para a Reforma Tributária e oito anos de mudanças drásticas”, que compartilha casos de uso e a visão de especialistas da Sovos sobre o que a reforma realmente significa para as empresas, apenas tecnologia robusta e conhecimento local permitirão superar essa transformação com segurança. Colocar mais pessoas para fazer cálculos manuais não é viável nem sustentável.
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