A poucos meses da entrada em vigor das primeiras regras da Reforma Tributária, as empresas brasileiras se preparam para uma transformação sem precedentes. Além da uma mudança fiscal, a reforma representa um desafio tecnológico profundo, que afetará a infraestrutura, a arquitetura de soluções, os fluxos de dados e os modelos de compliance.
Durante o webinar “Impactos Tecnológicos da Reforma Tributária”, promovido pela Sovos em parceria com a KPMG, especialistas das duas organizações analisaram os principais impactos e caminhos para uma adaptação bem-sucedida.
Uma reforma para simplificar mas que antes aumenta a complexidade
“A Reforma Tributária foi criada para simplificar procedimentos e reduzir o Custo Brasil, mas, até chegar lá, enfrentaremos um período de maior complexidade”, explicou Marcio Knogl, sócio da KPMG Brasil e líder de Tax Technology.
Segundo o especialista, a jornada de transição -que vai até 2033- exigirá que as empresas convivam com dois modelos tributários, o atual e o novo, o que implicará revisões constantes de processos e sistemas.
Knogl destacou que essa transformação pode ser observada em quatro dimensões principais: financeira, operacional, tecnológica e de implementação. E, em todas elas, a tecnologia terá um papel central.
Os principais impactos tecnológicos identificados pela KPMG incluem:
- Crescimento expressivo do volume e da complexidade dos dados fiscais;
- Novas conectividades com o governo e sistemas satélites (como o CNPJ alfanumérico e o split payment);
- Necessidade de atualização contínua de versões e patches nos ERPs (SAP, Oracle, Totvs outros);
- Redesenho das integrações e parâmetros fiscais, com novos campos e regras de cálculo;
- Reforço das práticas de segurança e governança tecnológica;
- Revisão dos relatórios e indicadores fiscais, que agora precisarão refletir as novas obrigações.
“A reforma não é um projeto apenas da área fiscal. TI, finanças, operações e fiscal precisam atuar juntos para evitar impactos negativos em margens, preços e compliance”, destacou Knogl.
Da reação à antecipação: como se preparar para a virada de 2026
No curto prazo, as empresas já vivem uma corrida contra o tempo. As ações imediatas incluem a aplicação de atualizações nos ERPs e o desenvolvimento de novas regras para cálculo de CBS e IBS.
Muitas organizações também estão reforçando suas soluções de mensageria fiscal, garantindo capacidade e performance para lidar com o aumento do volume de notas, e adotando ferramentas de simulação de cenários para avaliar os impactos financeiros e operacionais ao longo da transição.
No médio prazo, a prioridade será a automação inteligente e a adoção de motores de cálculo externos, capazes de incorporar automaticamente as alterações legais e reduzir a dependência de customizações internas.
Esse movimento abre espaço para o uso crescente de inteligência artificial e automação na gestão tributária, além da terceirização temporária de processos fiscais enquanto as equipes se adaptam ao novo modelo.
“Estamos diante de uma transformação longa, com mudanças graduais até 2033. O momento exige agilidade e visão estratégica”, reforçou Knogl.
A KPMG e a Sovos atuam de forma integrada nessa jornada, combinando consultoria estratégica, planejamento de transformação e implementação tecnológica, garantindo que ERPs e sistemas satélites estejam preparados para os novos requisitos fiscais.
A visão da Sovos: o compliance “Always On”
Para Helton Arsênio, Product Marketing Manager da Sovos, o novo cenário redefine completamente o conceito de compliance fiscal: “O modelo atual é sequencial e reativo. O novo modelo será contínuo e em tempo real”, explicou.
Nesse contexto, todas as partes envolvidas -governo, empresas, fornecedores e consumidores- precisam estar sincronizadas no momento da transação. “Manter planilhas não vai resolver. Se precisa de um modelo Always On, que exige automação e inteligência de dados para garantir conformidade em tempo real”, afirmou.
A Sovos já está pronta para essa nova era com uma plataforma unificada e preparada para o futuro, que integra cálculo, emissão, reporte e inteligência fiscal em um único ecossistema:
- Motor de cálculos – capaz de operar simultaneamente com o modelo atual e o futuro, simulando cenários e aplicando regras automaticamente.
- Sovos Compliance Network – centraliza a gestão de todos os documentos fiscais, atuais e futuros, assegurando integração total com o ERP.
- Sovos Intelligence – solução de analítica e inteligência artificial que transforma dados fiscais em insights estratégicos, antecipando riscos e oportunidades.
Com essa abordagem, a Sovos apoia as empresas brasileiras na construção de um ambiente de compliance integrado, preditivo e resiliente, capaz de acompanhar as constantes mudanças do sistema tributário.
“O futuro da gestão fiscal será proativo, preditivo e automatizado. E a Sovos está pronta para liderar essa transformação ao lado das empresas brasileiras”, concluiu Arsênio.
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