A adoção dos documentos fiscais eletrônicos no Brasil -como a NF-e, NFC-e, CT-e, entre outros- transformou profundamente a relação entre empresas e o Fisco. O que começou como uma solução para eliminar o papel se transformou em um ecossistema robusto de fiscalização em tempo real.

Apesar da ampla digitalização do processo de emissão, muitas organizações ainda tratam esses documentos apenas como uma obrigação operacional. Mas em um cenário de obrigações acessórias complexas e reforma tributária em andamento, os DFEs precisam ser vistos como instrumentos estratégicos de compliance.

Muito além da emissão: os DFEs como ativos fiscais

Os DFEs surgiram para padronizar e modernizar a relação entre empresas e o Fisco promovendo agilidade, rastreabilidade e controle. Mas emitir corretamente uma NF-e (Nota Fiscal eletrônica), uma NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor eletrônica) ou um CT-e (Conhecimento de Transporte eletrônico) é apenas o ponto de partida.

Em um ambiente onde mais de 90% das obrigações acessórias são digitais e os cruzamentos automatizados entre sistemas da Receita são cada vez mais sofisticados, a qualidade e a consistência dos dados fiscais se tornaram fundamentais.

Cada DFE precisa estar 100% alinhado com a escrituração contábil, com o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) e com os registros dos tributos, sob pena de multas, autuações ou glosas de crédito. O compliance, hoje, não é mais algo que acontece depois do fechamento do mês: ele é imediato, contínuo e automatizado.

Compliance em tempo real: de obrigação a vantagem competitiva

O novo paradigma fiscal exige gestão ativa dos DFEs. Qualquer inconsistência entre o documento emitido, a escrituração e as informações enviadas aos entes fiscais podem gerar impactos imediatos, como:

Exemplo disso é o estado do Paraná, que bateu em junho de 2025 a marca de mais de 1 bilhão de notas fiscais emitidas apenas no primeiro semestre, sendo 306 milhões de NF-e, um crescimento de quase 16% em relação ao mesmo período de 2024. Esse volume de dados evidencia a necessidade de precisão e controle no processo fiscal.

Os riscos de uma visão limitada

Tratar os DFEs apenas como um requisito de emissão pode trazer riscos significativos:

Esses problemas, muitas vezes, derivam da falta de integração entre os sistemas fiscais, contábeis e de emissão de documentos.

De risco a resultado: integrando DFEs à estratégia fiscal

Empresas que tratam os documentos fiscais apenas como simples arquivos XML correm sérios riscos. Já aquelas que adotam uma abordagem estratégica -integrando os DFEs aos processos contábeis, fiscais e de auditoria- conseguem antecipar desvios antes que eles resultem em autuações, automatizar alertas e indicadores de risco fiscal, adaptar-se com agilidade às diferentes regras estaduais e federais, e ainda reduzir retrabalho e custos decorrentes de correções e penalidades.

Essa transformação exige mais do que tecnologia: requer visibilidade, integração e inteligência fiscal.

Para que os documentos fiscais se tornem ferramentas de compliance efetivas, é fundamental adotar práticas como:

Reforma Tributária: o papel central dos DFEs no novo sistema 

Com a implementação da Reforma Tributária, os documentos fiscais ganham ainda mais protagonismo. A substituição de tributos como ICMS, ISS, PIS e COFINS por novos modelos (IBS, CBS e IS, Imposto Seletivo) exigirá adaptação das empresas a layouts, regras de apuração e regimes de transição totalmente novos.

A Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) de padrão nacional, por exemplo, será obrigatória a partir de janeiro de 2026 para diversos setores, consolidando o caminho para o novo modelo tributário municipal

No contexto da transição regulatória, os DFEs serão essenciais para garantir a rastreabilidade, a integridade das informações e o cumprimento das novas obrigações.

Como a Sovos apoia as empresas nesse processo

Na Sovos, entendemos que o compliance começa nos dados. Por isso, nossas soluções fiscais vão além da emissão dos documentos. Oferecemos uma abordagem completa que envolve:

Nosso objetivo é transformar os documentos fiscais em ativos de valor, que promovem segurança jurídica, eficiência e conformidade em toda a operação.

Em um Brasil cada vez mais digital, fiscalizado por algoritmos e em plena reestruturação tributária, os documentos fiscais eletrônicos deixaram de ser um item burocrático. Eles são o elo entre o que a empresa faz e o que o Fisco vê.

Tratá-los com inteligência, integrá-los aos sistemas críticos da empresa e contar com parceiros especializados como a Sovos é o caminho para transformar o compliance tributário em um diferencial competitivo duradouro.

Após décadas de debate, a maior reforma fiscal do Brasil entra em vigor, exigindo preparo imediato das empresas. Entenda os impactos, o cronograma e como garantir a conformidade em meio a oito anos de transição.

A maior mudança fiscal do Brasil já começou

Após décadas de discussão, a Reforma Tributária foi finalmente aprovada no Brasil em janeiro de 2025. Trata-se da mudança mais ambiciosa já feita no sistema fiscal do país, com impactos profundos e duradouros para empresas de todos os portes e setores.

O objetivo é claro: simplificar um dos sistemas tributários mais complexos do mundo. Mas o caminho até lá será longo e desafiador. A transição ocorrerá ao longo de oito anos, com períodos de sobreposição entre o modelo atual e o novo regime. Isso exige que as empresas se preparem com antecedência e adotem uma abordagem estratégica, apoiada em tecnologia e conhecimento local.

De um emaranhado de tributos a um sistema de IVA dual

A proposta da reforma é substituir cinco tributos principais por dois novos impostos baseados em valor agregado (IVA):

Esses dois tributos substituirão PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS, reduzindo a fragmentação e promovendo mais transparência e padronização nas regras fiscais.

Além disso, será criado um Imposto Seletivo para produtos e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente -o chamado “imposto do pecado”.

O cronograma da mudança: 2026 a 2033

A transição será feita em fases:

Durante parte considerável desse período, as empresas precisarão lidar com dois sistemas tributários ao mesmo tempo, duplicando o esforço operacional, jurídico e tecnológico.

Simplificação com complexidade transitória

Apesar da promessa de um sistema mais simples, a transição será turbulenta. Os especialistas da Sovos alertam que os anos entre 2026 e 2030 serão especialmente desafiadores, exigindo investimentos em tecnologia, revisão de processos e adaptação constante a normas em evolução.

Pessoas, processos e tecnologia: o novo tripé da conformidade

A Reforma Tributária é uma mudança estrutural. Para enfrentá-la, as empresas devem:

Como mostramos em nosso whitepaper “Reforma Tributária Brasileira: Preparando-se para a Reforma Tributária e oito anos de mudanças drásticas”, que compartilha casos de uso e a visão de especialistas da Sovos sobre o que a reforma realmente significa para as empresas, apenas tecnologia robusta e conhecimento local permitirão superar essa transformação com segurança. Colocar mais pessoas para fazer cálculos manuais não é viável nem sustentável.

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A aprovação da Reforma Tributária marca não apenas uma mudança no sistema de impostos, mas também um marco de transformação nos processos internos das empresas brasileiras. Muito além de questões fiscais, a adaptação às novas exigências abre caminho para uma verdadeira revolução digital no backoffice das organizações.

A cada nova exigência fiscal, as empresas brasileiras são desafiadas a rever seus processos, atualizar sistemas e repensar sua forma de operar. Com a Reforma Tributária avançando em sua implementação, esse movimento ganha nova intensidade. Mais do que uma mudança legal, a Reforma está funcionando como um verdadeiro catalisador da transformação digital nas organizações.

A complexidade como força motriz para a digitalização

A complexidade do sistema tributário brasileiro sempre foi um dos grandes motores da adoção de tecnologia. Mas com a Reforma Tributária, essa pressão se torna ainda mais intensa e urgente. A necessidade de adaptação aos novos modelos de apuração, a operação em um ambiente de compliance contínuo e a convivência com regras em constante evolução exigem que as empresas deixem de lado processos manuais ou ineficientes e passem a operar com mais agilidade, integração e inteligência fiscal.

Hoje, em meados de 2025, empresas de todos os portes se veem diante de uma escolha estratégica: ou aceleram sua transformação digital para acompanhar as exigências de conformidade e competitividade, ou correm o risco de ficarem para trás em um mercado cada vez mais dinâmico.

A digitalização e otimização das operações como caminho inevitável

A Reforma Tributária demanda das empresas brasileiras muito mais do que apenas ajustes pontuais. Ela exige a adaptação a novos tributos, além da mudança na forma de apuração, escrituração e emissão de documentos fiscais. Outro ponto essencial é a necessidade de integração com sistemas de entes federativos e plataformas unificadas, tornando o compliance em tempo real uma realidade que precisa ser incorporada de forma estratégica.

Neste cenário, processos manuais e descentralizados passam a ser inviáveis. As empresas precisam acelerar sua transformação digital, não apenas para atender às exigências legais, mas para garantir agilidade, segurança e visibilidade sobre suas operações.

Esse movimento impulsiona a colaboração entre as áreas de TI, tax e financeira como nunca, promovendo a integração entre equipes que antes atuavam de forma isolada.

Investimentos que viram vantagem competitiva

A digitalização tributária deixou de ser uma opção e se tornou um imperativo estratégico para empresas que desejam prosperar em meio às mudanças. Ferramentas de automação fiscal, integração de sistemas e soluções de compliance em tempo real passam a ser prioridade para as organizações. Esse investimento possibilita a redução de riscos, maior governança sobre os processos fiscais e decisões mais assertivas, com base em dados confiáveis e integrados, fortalecendo a competitividade em um ambiente regulatório desafiador.

Benefícios além do compliance

Embora o compliance seja o ponto de partida, os benefícios da transformação digital impulsionada pela Reforma Tributária vão muito além. Entre eles, destacam-se os seguintes:

As empresas ganham em eficiência operacional, conquistam maior visibilidade e controle sobre a gestão tributária e se preparam de forma mais resiliente para mudanças regulatórias futuras. Essa modernização contribui para a redução de custos, o aumento da produtividade e a criação de uma base sólida para decisões mais estratégicas e orientadas a dados.

Os desafios reais da transformação digital no contexto tributário

Apesar das oportunidades, a transformação digital no contexto da Reforma Tributária não acontece sem desafios. Muitos negócios ainda lidam com sistemas legados e infraestrutura desatualizada, o que dificulta a migração para soluções mais modernas e integradas. Além disso, a falta de integração entre dados e áreas impede que informações cruciais circulem de forma ágil, comprometendo a tomada de decisão em tempo real.

Outro ponto crítico é a escassez de profissionais que combinem conhecimento técnico com domínio da legislação tributária, criando uma lacuna que exige o apoio de parceiros especializados ou o fortalecimento das equipes internas. A complexidade regulatória e a insegurança jurídica também permanecem como desafios relevantes, uma vez que regras em constante evolução geram incerteza e aumentam o risco operacional. Somado a isso, a pressão por resultados imediatos pode levar a decisões apressadas, como a adoção de soluções pouco escaláveis, que comprometem a eficiência no médio e longo prazo.

A Reforma Tributária não apenas exige mudanças, mas acelera um movimento que já estava em curso: o da digitalização fiscal como pilar de transformação empresarial. Empresas que aproveitam este momento para modernizar seus processos estão construindo bases sólidas para uma operação mais resiliente, escalável e orientada a dados.

Na Sovos, ajudamos empresas a transformar obrigações fiscais complexas em vantagem competitiva, com soluções que unem conformidade contínua, integração de sistemas e inteligência tributária. A Reforma Tributária é um desafio, mas com o parceiro certo, também pode se tornar uma grande oportunidade de inovação.

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A Ambev, uma das maiores empresas do país, adotou uma solução fiscal da Sovos para fazer cálculo automatizado e de atualização tributária dos seus impostos.

O software implantado foi o TaxRules, oriundo da Taxweb, uma companhia brasileira de soluções fiscais adquirida recentemente pela multinacional inglesa Sovos.

Contou pontos para a escolha na Ambev o fato do TaxRules ter integração nativa com os sistemas de gestão da SAP e operar como um motor de cálculo do S/4 Hana, a última versão do ERP da multinacional alemã.

O software faz  o monitoramento contínuo dos impostos de 27 diários oficiais e alimenta, automaticamente, as bases de cálculo da solução.

“Além do cruzamento de informações por parte do Fisco, atualmente 100% das obrigações são digitalizadas e novas exigências fiscais ocorrem a cada ano, demandando a adaptação de plataformas quando elas não atendem às determinações atuais”, afirma Uirá Gomes, Global Tax da Ambex.

Mesmo uma eventual reforma tributária deve adicionar complicação ao pagamento de impostos pelas empresas, pelo menos em um primeiro momento, aponta Paulo Zirnberger de Castro, country manager da Sovos

“As empresas atuarão com dois controles paralelos durante essa transição, a atual e a proposta, situação que deve durar aproximadamente três anos”, afirma Castro. “As empresas que não atualizarem sua gestão estarão sujeitas a erros e riscos de penalidades. O único caminho que pode mitigar esta situação é a digitalização e a automatização dos pagamentos tributários”, agrega o executivo.

A Ambev dispensa apresentações. A gigante brasileira é uma das maiores cervejarias do mundo, com um faturamento de R$ 52,5 bilhões em 2019, uma alta de 4,7% frente ao ano anterior.

A TaxWeb foi criada em 2009 como um spin off da Mastersaf, então uma das maiores empresas brasileiras de tecnologia para a área fiscal, adquirida pela Thomson Reuters em 2011.

A empresa atende oito dos 10 maiores varejistas do Brasil. Em seu site, tem 150 funcionários e mais de 300 clientes. A Sovos adquiriu a empresa em maio de um grupo de sócios formado por ex-Mastersaf.

A Sovos entrou no Brasil em 2017, ao adquirir a chilena Paperless, especializada em software de documentos eletrônicos.

A Paperless abriu sua operação por aqui em 2002, no mesmo ano em que foi criada no Chile, e trabalhava com toda a linha de softwares para atender as exigências fiscais do governo brasileiro, incluindo NFC-e, CF-e SAT, SAT, NF-e e outras.

A lista de clientes no país inclui nomes como Pizza Hut, C&A, Raia Drogasil e Walmart.

Em 2018, a Sovos cacifou sua operação no país com a contratação de Paulo Zirnberger de Castro, ex-VP de vendas para a área de serviços financeiros da SAP, para assumir o cargo de country manager.

A Sovos tem 7 mil clientes, incluindo a metade da lista Fortune 500.

 

Fonte: https://www.baguete.com.br

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